Maternidade da Casa de Saúde não tem data para retomar atendimentos
No dia 1º de novembro, a assessoria havia informado que por falta de prestação de contas, o complexo estava no Cadastro de Inadimplentes do Estado (Cadin) e, por isso, não foi possível fazer o pagamento. Porém, ontem, a reportagem questionou a situação e a assessoria informou que houve uma falha no sistema e que a Casa de Saúde não está mais no Cadin, e o pagamento foi feito.
A diretora da Associação de Assistência à Saúde (Sefas), instituição que administra o hospital, irmã Ubaldina Souza e Silva afirma não ter irregularidades nem pendências que pudessem influenciar no pagamento dos incentivos que estão em atraso.
– Não houve problema com o Cadin. Nós não reconhecemos isso e não sabemos o que aconteceu. A gente recebe o relatório padrão do Estado, preenchemos as questões com os serviços qualitativos, o Conselho Municipal de Saúde aprova e nós encaminhamos para a 4ª Coordenadoria Regional de Saúde. Nós entregamos no prazo – reforça.
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Ainda conforme a administradora, até ontem o hospital não havia recebido a informação de que o governo estadual pagou dois meses de incentivos.
A DÍVIDA E A GREVE DOS MÉDICOS
Conforme a direção, a dívida do Estado com o hospital gira em torno dos R$ 3,5 milhões de reais, desse valor, R$ 2,2 milhões são para o pagamento dos 50 médicos terceirizados. Em função dos atrasos dos salários, a maternidade está fechada desde o dia 1º de novembro, depois que os médicos decidiram entrar em greve. Com isso, as gestantes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) estão sendo encaminhadas ao Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Na última sexta-feira o setor da maternidade e o Centro Obstétric do Husm estavam operando além da capacidade, mas, ontem, a situação era um pouco melhor. Dos 31 leitos da maternidade, 29 estavam ocupados. Já no Centro Obstétrico, nos 10 leitos, havia seis gestantes.
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Na última sexta-feira, uma gestante ganhou bebê no Husm e foi transferida para a Casa de Saúde de acordo com a administradora da Sefas, irmã Ubaldina Souza e Silva, mas a mãe e a criança deram alta no mesmo dia. Essa situação foi definida em uma reunião entre as direções da Casa de Saúde, do Hospital Universitário de Santa Maria e 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS).